O Ápice
Era inusitado o modo que ela expectava pelo instante perfeito. Pelo ápice. O ponto exato, para conversar, para devanear ou para tomar uma iniciativa. E, ao mesmo tempo era tão banal e corriqueiro entre as pessoas daquele tempo.
Parker levava consigo um diário no qual registrava tudo o que estimaria consumar e quem desejaria ser. Ao lado de cada desejo haviam diferentes rabiscos: as objeções e os esboços do que seria a ocasião ideal. Ou o que ela acreditava ser o ápice para suceder tal feito.
E a cada ensejo, Parker renunciava com o pretexto conveniente para aquela situação, consoante de suas notas e rabiscos. No fim das contas, aquele não era o momento ideal. Ainda não tinha atingido o ápice para tal feito.
O tempo continuou passando e quando Parker deliberou o instante ideal, quando ela alvejou o ápice e gozou da certeza de que, aquele era o instante para atuar à respeito da sua vida e dos seus propósitos, ela sucumbiu.
Trágico? Dramático? Patético? Teatral? Pode ser. No entanto, em hipótese alguma, será utópico. Utopia é presumir que há um momento ideal.
A façanha. O exercício. O trabalho é que proporcionam os resultados. A artimanha é alcançar o ápice do sucesso hoje. Amanhã… bom, amanhã você analisa de outro prisma a sua vida.
Frantchesca Victória Visualizar tudo →
Frantchesca Victória Belegante Cerezoli, ariana de ascendente em escorpião, 21 anos, gaúcha e colorada. Sou formada em Life Coach, Analista Comportamental e Business Coach, e atuo com desenvolvimento pessoal. Sou acadêmica do curso de Psicologia e admiradora de bons diálogos e do contato humanizado.